Tendo como base o mercado europeu, empresas que avançam até um estágio de plena maturidade digital podem atingir um aumento de 20% nas receitas e uma redução de até 30% nos custos.
Para melhor compreender a dinâmica de empresas brasileiras no cenário digital, uma parceria entre o Google e o Boston Consulting Group (BCG), uma empresa global de consultoria de gestão e líder em estratégia de negócios, realizou um estudo inédito sobre o nível de familiaridade e maturidade destas companhias com estratégias digitais, em especial no campo do marketing data-driven.
Apesar da terminologia, marketing data-driven é um conceito simples, definido pela tomada de decisões com base em informações e tendências identificadas pelos dados gerados por uma empresa ou pelo mercado. O marketing digital não é novidade no Brasil, mas os investimentos feitos nacionalmente ainda são tímidos. Existem imensas oportunidades inexploradas no mercado digital, de altíssima lucratividade e alcance.
Dados apontam que no Brasil as pessoas são muito receptivas a anúncios digitais qualificados, especialmente quando são de temas do seu interesse. Então qual é o motivo para não se investir mais? Parte da resposta está na falta de maturidade das organizações de marketing, que não estão 100% preparadas para ações digitais eficientes.
70% das companhias que participaram do estudo dizem que a coordenação entre seu marketing e os demais times não é boa.
O estudo ainda levantou claros desafios a serem superados pelas companhias brasileiras. Entre eles, expandir a integração e a interligação de informações, a automatização e a personalização de processos e uma profunda e qualificada compreensão dos dados relacionados a seus clientes, os serviços e produtos oferecidos e ao mercado de forma geral.
Quais caminhos podem ser adotados em direção à desejada maturidade no espaço virtual?Para a viabilizar esta condição, os autores do estudo do Google/BCG definem algumas posturas a serem adotadas:
1) Conectar dados
2) Adoção de processos automatizados e personalizados internamente e no trato com consumidores
3) Métricas acionáveis que identifiquem o valor das ações das pessoas ao longo do processo de compra
4) Fazer parcerias estratégicas, buscando uma colaboração entre empresa, agências e provedores de tecnologias
5) Desenvolver competências estratégicas
6) Criar a cultura do “testar e aprender, falhar rápido”, buscando ciclos mais curtos de planejamento e execução de projetos
A compreensão profunda das particularidades do espaço digital e adoção de estratégias baseadas no estudo de dados e comportamentos é essencial para o sucesso de marcas e profissionais nesta nova dinâmica. Principalmente para o mercado de arquitetura e interiores, que passa por essa gradual transição, ainda muito ligado à mídias analógicas. Existe uma oportunidade única de crescimento e otimização do trabalho para arquitetos, designers, especificadores e marcas. É preciso saber aproveitá-la.